Entrevista com a ganhadora da bolsa de Estudos na Russia, programa 2013 ALAR Brasil

1.- Jacqueline oque foi que te motivou a concorrer a bolsa de estudo ?
A bolsa de estudos, sobretudo, para mim foi uma benção! Pois, levando, claro, em conta os altos custos do curso de medicina aqui no Brasil (problema descartado); eu realmente sempre tive o claro interesse de estudar no exterior. No Brasil, apesar do grande patriotismo cego que os nossos políticos tentam nos fazer engolir, o ensino cientifico é precario e atrasado, infelizmente. Assim, sempre lamentei o fato de não possuir a oportunidade de estudar em uma grande instituição. Então, a motivação foi espontanea.

2.-Porque você escolheu a Rússia?
A Rússia, antes de abrir as portas para mim, era um gigante desconhecido. Um grande país que estava nos livros de história que eu estudava. Admirava, mesmo assim, a força de um povo guerreiro, que põe em primeiro lugar os seus ideais. Então, metaforicamente, diante de uma encruzilhada onde eu poderia optar por apenas um caminho, escolhi a Rússia. País que possui sobre a Europa, principalmente, uma grande influencia econômica. Em detrimento, de continuar aqui no Brasil em uma faculdade particular, talvez.

3.-E fazer medicina porque?
Medicina é meu sonho e ponto. Ironicamente, conheci a profissão a pouco tempo, cinco anos atrás, acho eu. Tornou-se minha obseção. Cirurgias na internet PASSARAM A SER minhas novelas. Não sei explicar, vem de dentro essa paixão, penso que todas as pessoas que possuem um sonho, seja qual for, entendem isso e possuem dificuldades para sistematizar os porques.

4.-Como foi o processo com a ALAR no Brasil
A ALAR (Associação Latino Americana Russa) agiu como um anjo intecessor. O processo não foi fácil, a seleção, sem dúvida, foi muito criteriosa e aguçada, mas isso só aumenta o gosto da vitoria. Digo, tive que ter fé e acreditar que tudo quanto eu fizesse seria revertido em lucro para mim, caso não na bolsa em si, restava ainda a experiencia que me impusionaria a lutar por outras oportunidades. Nada podia me parar. Pesisti. Todo o procedimento solicitado para mim, pela acessora da ALAR (Sylvia Capriles, cuja atenciosidade e profissionalismo não consigo medir), era uma ordem a ser cumprida o mais rápido possível. Assim, em conjunto, conseguimos atingir o objetivo.

5. Qual foi o colégio que você estudou em Curitiba?
No ensino fundamental tive a honra de estudar no Colégio Positivo (Jardim Ambiental); porém, durante os dois primeiros anos do ensino medio estive no Colégio Bom Jesus (Nossa Senhora de Louder), cuja diciplina me aperfeiçoou. No terceiro ano, por comodidade espacial, me tranferi para o Colégio Positivo (Batel), novamente. Agradeço as duas instituições por tudo quanto me disponibilizaram.

6.Quais são as suas expectativas com relação a sua estadia na Rússia?
Estou um tanto quanto ansiosa, admito. Porém, tenho graciosas informações sobre a Rússia, inclusive sobre o idioma (os experientes no assunto dizem ser uma língua de larga influencia na Europa e garantem facilidade em seu aprendizado). Para tanto, não vejo a hora de chegar lá e conferir se estão certos. Mesmo assim, imagino as dificuldades a serem enfrentadas, mas elas, não me farão desistir nunca. Tenho fé que Deus estará comigo nessa.»Na regra de aprender as lições importantes na vida, devemos todo dia superar o medo.»Ralph Waldo Emerson

7.- Que conselhos você daria para a moçada que quer estudar fora?
Pensando em tudo quanto eu passei. Todas as minhas dúvidas, anseios, sonhos. Aconselho a persistencia, a luta, a fé. Nada pode parar alguém que coloca Deus em primeiro lugar e cofia nele os seus sonhos. O pensamento comum entre os brasileiros (experiencia vivida por mim) é que, principalmente no curso de medicina, fazer faculdade no exterior não compensa por causa dos imensos obstáculos que o governo impõe para assegurar interesses econômicos de diversas partes, incluindo universidades particulares declaradamente inferiores do que muitas das estrangeiras. Assim, sucumbem em bitolações e mentiras, estas vistas como plausíveis pela massa ignorante. Digo: é de suma imprortancia pesquisar a procedencia e qualidade da intituição de destino, porque fechar os olhos para discrepancias e acreditar em ilusões, tais como: sem esforço conseguirei, prejudica apenas quem se deixa levar por isso. Quanto a revalidação do diploma, creio de fato que não será fácil, mas não é impossível, além do mais, vou para Rússia com um único objetivo: estudar. Sinceramente, não sei se voltarei. Estou escrevendo a minha historia, o futuro está na minha frente e o passado servirá apenas de bagagem de sabedoria. Tenho consciencia de que mesmo que eu volte, nada mais será igual.

Fico a disposição para perguntas no Facebook, de maneira alguma me recuzarei de fazê-lo.
Obrigada a todos que me auxiliaram, principalmente, a Sylvia e a minha mãe.