Ninguém duvida do grande prestígio que as universidades da Rússia possuem e da alta qualidade da formação que oferecem, no entanto, persiste uma dúvida: Por que elas não constam nos rankings internacionais?
Vejamos:
Se a Universidade Politécnica de São Petersburgo (SPbGPU) tem como Decano da Faculdade Físico Técnica o Prémio Nobel da Física do ano 2000, o acadêmico Zhores Ivanovich Alferov – então, por que a SPbGPU não aparece nos rankings?
Se a Rússia é uma potência aeroespacial do mundo, então, por que a Universidade Aeroespacial de Samara (SGAU) não está listada nos rankings? ainda mais sendo que na SGAU trabalham catedráticos que participam diretamente na produção de foguetes Soyuz, estes são os únicos atualmente capazes de chegar a Estação Espacial Internacional.
Se Andréy Konstantínovich Gueim e Konstantín Serguéievich Novosiólov ambos Prêmios Nobel de Física em 2010, estudaram na Universidade de Física e Tecnologia de Moscou (MFTI), então por que MFTI também não está nos rankings?
A lista pode continuar, mas vamos direto aos motivos:
Os rankings mais conhecidos, entre eles o QS World University Rankings, levam em consideração parâmetros que as universidades russas não seguem:
. Alto percentual de professores estrangeiros: As Universidades da Rússia não recorrem a professores estrangeiros e não lhes oferecem benefícios e condiciones especiais.
. Alto percentual de estudantes estrangeiros: O número de estudantes estrangeiros que estudam em universidades russas é muito menor do que nas Universidades norte-americanas ou euro-ocidentais.
. A maioria das referências a publicações científicas da Universidade que o sistema Scopus pode captar: Somente a partir do ano de 2011 as Universidades da Rússia puderam implementar uma verdadeira política de pesquisa científica após o Ministério da Educação da Rússia realizar um concurso e seleção 27 Universidades e lhes atribuiu a o título de Universidade Nacional de Pesquisa para aquelas que oferecessem financiamento para estes fins.
No entanto, em 2013, o Governo da Federação Russa criou o Programa 5top100 com o objetivo de favorecer o posicionamento de 15 melhores Universidades Russas entre as 100 posições nos rankings internacionais até 2020.
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