A Rússia é um país com um grande potencial em muitas atividades de qualquer ser humano, destaca-se nos esportes, na ciência, no mundo militar, astronomia e no mundo do entretenimento, principalmente com o famoso Ballet Russo. As correntes esquerdistas radicais tentaram acabar com essa cultura, que estava ligada com o czarismo,
No entanto, alguns patronos conseguiram salvar a dança do ostracismo a qual tentaram mergulhá-la no início da revolução, porque a consideravam inimiga e foram contra o proletariado, pois era uma paixão da aristocracia russa. Estava prestes a ser erradicada no início da revolução, então eles fizeram a bandeira da propaganda política da sua revolução,
Um pouco da histório do ballet russo
Duas grandes figuras conseguiram superar a pressão contra o balé e conseguiram melhorá-lo para o que é hoje, graças a eles, o empresário e visionário russo Serguéi Diaguilev, fundador do Balé Russo, transformou a companhia que deslumbrou a Europa início do século XX e a professora de dança Agrippina Vaganova, que lançaria as bases sólidas da escola russa de balé e que eventualmente consolidada o esplendor da arte da Rússia.
Essas duas pessoas visionárias, apostaram pela carreira na dança (pouco valorizada na época) e depois seriam responsáveis pela sobrevivência do balé imperial, frente aos bolcheviques. E foi assim que o governo de Stalin, o tornaria símbolo de orgulho nacional e acompanharia o comunismo na época do bipolarismo mundial.
Alguns famosos bailarinos russos
Com a queda do comunismo, houve uma abertura para o exterior e novos talentos foram incorporados, permitindo que o Ballet da União Soviética ressurgisse, trazendo assim maior fluidez a arte, e graças a esse dom inato dos russos pela arte dos movimentos, também para a abertura e expansão, eles foram capazes de treinar novos bailarinos que enriqueceram a dança, entre esses bailarinos temos:
Mikhail Baryshnikov
Considerado pelo conhecedores da arte, como o melhor bailarino do mundo, tudo se deve a perfeição de seus movimentos na interpretação de seu estilo, seu nome é sinônimo de perfeição, liberdade artística, sendo uma referência na passagem da dança clássica para a moderna, Mikhail Baryshnikov, nasceu em 28 de janeiro de 1948 em Riga, hoje território lituano.
Sua formação começou em 1963 na Academia Vaganova, berço de grandes bailarinos e do estilo russo, lá Mikhail recebeu aulas do professor Alexander Pushkin e depois se juntou às fileiras do Ballet Kirov, lá ele começou a sua carreira de sucesso, alcançando até aquela data algo pouco visto, estreando como solista profissional em 1972, depois ganhou a medalha de ouro no concurso de Varna, quando tinha 18 anos.
Baryshnikov conquistou palcos mundiais ao se apresentar em programas de televisão e na tela gigante nos Estados Unidos. Na década de 90, ele fundou o The White Oak Project Dance e em 2005, inaugurou em Nova Iorque o Baryshnikov Arts Center, BAC. Atualmente, está com 71 anos e é reconhecido com a distinção de Doutor Honoris Causa da Universidade de Nova Iorque, da Universidade de Shenandoah e a Universidade de Monclaire.
Anna Pávlova
Ela é a primeira bailarina, uma gênia da dança, ela se tornou o símbolo do balé russo, uma verdadeira estrela da dança internacional. Dizia-se que ela parecia uma nuvem suspenda sobre a terra, a encarnação artística da morte do cisne, música de Saint-Saëns, foi feita especialmente para o balé russo, fez Anna Pávlova ganhar a imortalidade, hoje ela ainda segue sendo a referência em todo mundo para o os amantes do balé.
Rudolf Nurejev
Outro dos grandes bailarinos clássicos russos e do mundo, nasceu em um trem na Rússia em 17 de março de 1938, enquanto sua mãe fazia uma viagem. Desde muito jovem se dedicou a dança, sendo um bailarino precoce, ele se destacou na academia de ballet de Kirov no ano de 1961, onde também foi aluno do professor Alexander Pushkin, no mesmo ano ele deixou a União Soviética e pediu asilo político na França.
Graças às formas de seus movimentos, ele foi projetado ao cargo de diretor do famoso Ballet de Paris, o ministro da cultura francês, Jack Lang, concedeu-lhe o troféu de mais alto nível da cultura francesa o de cavaleiro da ordem das letras e da arte , Rudolf Nureyev morreu na cidade Paris aos 54 anos.
Maya Plisetskaya
Nasceu em Moscou em 20 de novembro de 1925, com grandes dotes como bailarina no ballet russo no teatro Bolshoi, onde recebeu o prêmio de bailarina absoluta, sendo destaque da sua época, participou com grande autoridade no Lago dos Cisnes, Dom Quixote, entre outros. É um dos símbolos emblemáticos da dança clássica russa e para muitos especialistas da dança, como a bailarina com mais destaque da segunda metade do século XX, em 1993 recebeu a cidadania espanhola e em 2 de maio de 2015 em Munique na Alemanha, faleceu aos 89 anos de idade.
Natalia Makarova
Nascida em São Petersburgo, em 21 de novembro de 1940, aos 10 anos ingressou na Academia de Balé de Vaganova, onde estreou nas primeiras fileiras de Kirov, tornando-se a primeira bailarina em 1960. Durante uma turnê em 1970, ela solicitou asilo político em Londres e depois foi para os Estados Unidos nas fileiras do Teatro Americano de Ballet de Nova Iorque, onde foi aclamada com obras como o Lago dos Cisnes e Giselle. Em 1989, voltou ao Teatro Kirov e produziu o documentário Makarova Returns, sendo convidada a voltar dançar em seu teatro, ela considerou que este foi o momento mais emocionante em sua carreira, depois de 19 anos ela disse:”Foi algo grandioso, eu não via meus pais e os meus amigos a muito tempo, todo mundo estava esperando por mim”.
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Imagen de Pauline vía Flickr.com bajo licencia creative commons.