O cinema na Rússia passou por diferentes etapas desde a sua primeira aparição pela primeira vez na época dos Czares em 1896, desde então tornou-se uma atividade muito popular, embora que as primeiras produções não contavam com uma trama definida e resultavam em apresentações bastante rusticas em termos de montagem artística e direção. Vamos conhecer um pouco mais sobre essa evolução dessa parte da Rússia.
Primeiras produções russas
O primeiro filme russo foi um curta-metragem de 6 minutos de duração chamado Stenka Razin, dirigido por Aleksandr Drankov, no qual foi um tema histórico e foi apresentado em 1908, em 1916 nomes como Yevgueni Bauer e o de Yákov Protezánov, se tornaram pioneiros na produção cinematográfica através de apresentações de obras de Pushkin e Tolstói. O mesmo Czar Nicolás II teve participação do cinema russo mediante a produção do filme Oborina Sevastópolva e de muitos filmes caseiros que foram gravados pelo cinegrafista pessoal que ele tinha.
Cinema nacional na revolução
A partir da revolução de 1917, o cinema nacional junto com o rádio, tornaram-se os meios mais utilizados para atingir as massas. Foram criadas escolas para a formação de técnicos, artistas e no final da década dos anos 20, já haviam sido produzidos um grande número de filmes, muitos deles ainda são estudados em escolas de cinema, Lev Kuleshov, Dziga Vertov, Vsévolod Pudovkin e Sergúei Eizenshtéin são alguns dos maiores representantes da época.
O cinema como meio de comunicação em massa
Nos anos 30, o cinema foi afetado por um controle maior, tornando-se mais um meio de propaganda cujo propósito era fazer com que os ideais políticos chegassem ao povo. Apesar disso, durante essa etapa Grigori Alexándrov produziu várias comédias musicais com grande aceitação em todo o país, onde a maioria das obras foram de corte biográfico de figuras históricas, como a de políticos e outras personalidades do ramo, destaca-se nessa década o fim do cinema mudo, ao ser incorporado o áudio aos filmes.
Durante a Segunda Guerra Mundial, o cinema russo seguiu sendo um médio de propaganda política, exaltando o heroísmo russo frente aos nazistas, também se destacaram filmes de ficção, por exemplo como Arco Iris de Mark Donskói, e as comédias também estiveram presentes como meio de distração durante a guerra. Em meados da década de 60 o cinema russo já havia se tornado um grande vencedor de numerosos prêmios internacionais, tendo como crédito alguns dos seus melhores filmes sobre a guerra, que se tornaram o centro do tema cinematográfico.
Desde os anos 80 até a atualidade
De mãos dadas com as mudanças sociais, como também políticas que aconteceram nos anos 80, aconteceram transformações no cinema nacional, dando mais liberdade na trama dos filmes, no entanto, na década de 90 a indústria cinematográfica entrou em crise com o fechamento de muitos estúdios, mesmo assim obras como Queimados pelo Sol de Nikita Mijalkov foram premiadas no Festival de Cannes, como também foi ganhadora do Oscar, destacando-se em um período de filmes com tramas sombrios e comédias ousadas.
Ao longo dos anos, a indústria do cinema voltou a obter estabilidade, no ano 2000 foram abertos novos estúdios e assim foi adquirida uma nova força, embora a popularidade do cinema nacional tenha diminuído em relação aos filmes estrangeiros. Andréi Zviáguintsev e Timur Bekmambétov, fazem parte da nova geração de cineastas que trouxeram de volta os filmes russos, embora a distribuição e a produção enfrentem problemas, a participação em festivais internacionais se permanece latente obtendo grandes prêmios e reconhecimentos.
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